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A primeira

  • Dezembro 3, 2018

Estive 10 anos com medo de fazer uma tatuagem. Não medo de me arrepender, medo mesmo de doer. Nisso sou uma mariquinhas intolerante à dor. 

Desde os 16 que sabia o que queria e onde queria (a primeira tatuagem que fizesse seria algo simples, pequeno e cheio de significado. Tal como eu gosto das coisas. Porque tudo tem um propósito). Desde os 16 que dizia sempre à minha mãe que iria fazer. Ela sempre me disse que até aos 18 não seria com o consentimento dela. Depois disso, era adulta e fazia as minhas escolhas. Depois dos 18 foram aparecendo outras coisas. Outras coisas mais importantes. O namorado não era muito a favor e fui deixando passar.

A minha viagem a Barcelona em Abril deste ano fez-me mudar a forma como via as coisas. A forma de pensar. Sim, nunca pensei que uma simples viagem ali à vizinha Espanha me podia mudar tanto. E foi a meio dessa viagem de 4 dias que decidi que seria ‘Agora ou Nunca’. O meu amigo fez uma tatuagem numa loja que encontrámos perto do Hospital de St. Pau e eu fiquei um dia a pensar. Não disse a ninguém, nem a ele, a minha ideia.

No dia a seguir pedi-lhe para irmos à mesma loja. Tinha gostado do espaço, do tatuador. Cheguei e disse: Posso fazer agora neste momento uma tatuagem simples? Ele disse: Sim! Paguei 40€ e dei o meu grito do Ipiranga. Não doeu o que estava à espera, apesar de ter sofrido para caramba. O tatuador teve muitaaaa paciência.

Ri, chorei e sorri. Finalmente! Finalmente tenho a tatuagem que tanto queria. A tatuagem que simboliza o meu mundo. Nela estão representados todos ‘os meus’ que já não estão cá fisicamente. Família e amigos que infelizmente já perdi. Tenho o coração deles ad aeternum na minha pele. E que para mim, há-de sempre bater!

Foi a minha primeira tatuagem. E para além do significado, terá sempre associada uma viagem que mudou a minha vida. E que me fez abrir portas que achei estarem fechadas para nunca mais se abrirem.

8 meses passados, decidi que todas as minhas tatuagens (sim, porque a próxima já está pensada) serão sempre feitas em viagens. Porque dessa forma, para além do seu significado principal, terão sempre uma mão cheia de memórias boas e de experiências vividas.

Dizem que quando fazes uma, nunca mais paras. Será verdade?

Esta é a minha história. E vocês, têm tatuagens? Partilhem! 🙂

3 Comments

  • Joana Gomes

    Sempre quis fazer uma tatuagem. Uma âncora. Por aquele que me ampara sempre que preciso. Depois dessa, veio a pulseira no pé. Desde pequenina que é uma simbologia que fui habituada a usar.
    À 2 anos, a minha âncora partiu, decidi fazer-lhe uma homenagem também. A quarta já está pensada 😀

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  • Paulo Rosa

    Olá Cristiana passa por @roseprophet ,se gostares do trabalho dele avança.
    Apenas uma sugestão de um jovem talento ,vais gostar da experiência,ele é diferente.
    Obg

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  • Margarida

    Adorei este post (e descobrir o teu Blog!)
    Também tenho uma tatuagem assim, pequenina e cheia de significado. A minha foi feita no Porto quase há 8 anos =)
    Também já tenho algumas “pensadas” para um futuro próximo.

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