2020 trouxe-me os 28 anos de vida. Foi há três dias que lá cheguei.
Em Março quando tudo isto do Covid-19 começou, achava que Junho estava muito longe e que eu poderia fazer a minha festa em casa, com mais de 30 pessoas como sempre fiz. Até chegar o início de Junho e perceber que não podia.
Para quem já anda pelo blog há muitos anos, sabe o quanto o dia 23 de Junho é importante para mim. Sempre fiz contagens decrescentes. Sempre contei os dias desde o dia em que fiz anos até ao ano seguinte.
É algo que não sei explicar: o adorar fazer anos. Adoro o dia, é verão, a preparação da festa, o ter a minha família toda e os meus amigos em minha casa a jantar, a sangria do Sérgio. O facto de ser véspera de São João e de na minha cidade se comemorar o São João.
O haver fogo de artifício à meia noite e bailaricos com sardinha assada e fogueiras até de manhã. Nunca não saí de casa no dia dos meus anos para a baixa de Tavira. Até este ano.
Este ano, apesar de todos os esforços da minha família, não houve a festa de sempre. Não tiveram cá os amigos. Não houve festejos de São João nem fogo de artifício. Não houve alegria.
Passei o dia mal disposta e com pouca vontade de comemorar fosse o que fosse. Saí apenas de casa para tirar as tão características fotos com os balões que tiro sempre nos meus anos. A minha mãe fez a lasanha que amo e a minha avó cozeu caracóis (que também amo) mas nada teve o sabor dos outros anos. Não bebi a sangria do Sérgio nem vinho. Bebi água. O bolo redvelvet que devoro sempre, este ano ficou na mesa. Nem os sparkles quiseram acender.
Comemorei um ano de vida e tenho de estar agradecida por isso.
Mas este ano, podia mesmo passar à frente. Next…
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