Hoje foi um dia triste, ainda mais triste que o de ontem. Sei que o Sérgio (o meu padrasto, mas não gosto do termo), não quer que fale disto, no entanto preciso de o dizer. Preciso de exteriorizar.
A minha mãe disse-me ontem que o pai dele faleceu… Sabia que ele estava já no hospital há semanas, nunca melhorava, e tinham-lhe detectado cancro…
Apesar de ele não ser meu avô, sempre o considerei como tal, inclusive trata-o por “Avô Chico”.
Conheço-o desde os meus 6/7 anos, tenho 21, portanto já lá vão 15 anos. Não o via muitas vezes, mas sempre que estava com ele sentia-me feliz. É uma pessoa excelente.
Hoje, vi-o ali, e o tempo que estive na igreja sentada deu-me para pensar. Pensei em como a vida é tão ténue, tão rápida, tão incerta… Pensei no facto de nós humanos, depois de mortos não sermos nada. Limitamos-nos a ser um corpo sem vida, que está ali…
É triste para nós que ficamos cá. Foi triste ver a “Avó Tila” ficar sem o homem da vida dela, foi triste ver o Sérgio que é como um pai para mim, ficar sem o pai dele. Fico com medo do dia em que serei eu a estar ali…
E pronto, hoje estou assim. Há dias assim…
Telma Afonso Algarvio
È preciso ter força para estes momentos é a lei da vida eu sei que custa muito alguem que esteja,os ligados partir assim parece que ficamos com um vazio dentro de nós que como a pessoa part-se sem ter dado qualquer explicação para tal mas por mais que nos custe é algo que podemos manipular por mais que queiramos. Agora é mais uma fase para ti e para o teu padrasto (pai) porque vai ficar um vazio dentro da pssoa e agora o que resta é apenas o tempo curar a ferida que ficou aberta.
beijinhos e muita força 😉